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Angra do Heroísmo em Festa das Sanjoaninas 2009
Texto e Fotos de: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com Junho de 2009
Esta reportagem só foi possível, mais uma vez, graças ao gentil apoio dado ao nosso portal Adiaspora.com pelas firmas da nossa praça: Accord Travel, Ganadaria Sol e Toiros, Homelife/Local, Macedo Wine Grape Juice, Restaurante New Casa Abril, Toledo Printing & Design, Joseph Vieira Insurance, Europa Catering e Santos Water Service and Drain. Aqui ficam os nossos agradecimentos ao José Ilídio Ferreira, Linda Caldas, Élio Leal, Luís Lima, David Macedo, Januário de Barros, Lynda Matias, Joseph & Patrick Vieira, Manuel Paulos e Silvério Paulo Santos. Para todos estes nossos patrocinadores, um muito obrigado.
A Rainha das Festas das Sanjoaninas, Mónica Seidi
De 19 até 28 de Junho foram dias de festa na Ilha Terceira, mais precisamente na cidade Angra do Heroísmo, onde mais uma vez se realizaram as conhecidas festividades em honra de São João, seu padroeiro, e por todos nós conhecidas por festas de Sanjoaninas, sendo por muitos considerada as maiores festividades profanas de Portugal, e que nestes dez dias de expressão cultural foi preenchido desde as 9h00 da manhã até à meia-noite, ou mais tarde, de um nunca acabar de actividades desportivas, recreativas e culturais. A sua abertura foi oficializada, com um Porto-de-Honra, pelas 18h30 horas de Sexta-feira, dia 19 de Junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo com a presença dos seus autarcas encabeçados pela presidente, Andreia Cardoso, e de muitas outras entidades convidadas. Pelas 21h30 horas, após uma salva de 21 morteiros, deu-se de imediato início às festividades após a saudação solene de abertura, numa das varandas daquele edifício, pela sua Presidente e cujo discurso abaixo reproduzimos na íntegra: “Neste início de festas, saúdo todos os angrenses e todos os que nos visitam, dando sentido às nossas Sanjoaninas. Evocamos o Sol, forte de vida inspiração de civilizações milenares. O antigo Egipto, o Sol era adorado e venerado como um Deus, o Deus Rá, principal divindade e símbolo de força, poder e criatividade, representado por um falcão e guardião da cidade. Os Incas veneravam o Sol como elemento máximo da criação, sendo o homem ainda conhecido como Filho do Sol, porque o seu ideal era activar o seu ”Sol Interno”, ligando a força da Terra com as forças do Criador, ambicionando viver profundamente os seus poderes e ser tão brilhante quanto o nascer do Sol. E, nestes dez dias, será o Sol será o Sol o símbolo marcante de Angra, seu guardião dia e noite, dando mais cor às nossas ruas, alimentando as flores que ornam as varandas, pairando nas notas musicais dos concertos, nos aromas da gastronomia, no redondel da feira taurina, nas labaredas das fogueiras de São João, no despertar mágico da baía, nos encontros e reencontros de velhos amigos e na ternura da excitação das crianças perante as diversões e guloseimas, onde haverá sempre tempo para mais uma volta de carrossel. Festa multicultural, ela só é possível devido ao empenho e ao esforço de quem, ao longo de muitos meses, a preparou, a concebeu, idealizou de modo a tornar as Sanjoaninas adaptadas aos nossos tempos, à modernidade da nossa cidade. Ciente de não existirem modelos “perfeitos” de Festas, autarquia e Comissão trabalharam em conjunto de modo a proporcionar momentos de diversão , de animação, numa mescla de actividades que possam ir ao encontro dos angrenses, associando continuidade e inovação mas garantindo, de forma indelével, o cunho popular que faz das Sanjoaninas as maiores festas profanas dos Açores e que projectam Angra para á do Atlântico. A organização destas festas implica uma grande dedicação, empenho e capacidade de todos quantos, de uma forma ou de outra, participam na sua preparação. É, por isso, da mais elementar justiça que, publicamente, a Câmara agradeça `Comissão de Festas e a todos os seus colaboradores. Um sincero e sentido obrigado. Evoquemos o Sol, espelhado também na rainha e seu séquito, nas centenas de pessoas que desfilarão na noite de São João, nos muitos figurantes dos desfiles, nos animadores de rua, numa só palavra, em todos os que participam na festa e a fazem sua. As Sanjoaninas são a festa da alegria, da participação, do sentimento de orgulho em ser angrense. Estou certa que o vasto programa preparado irá proporcionar momentos bem passados, vividos de forma intensa e que irão deixar um travo gostoso e intenso em quem as vai viver. Bem-vindos a Angra. Andreia Cardoso”
Seguiu-se de imediato o cortejo de abertura que percorreu as ruas da Sé, São João e Direita até à Praça Velha, fronteiro ao edifício dos Paços do Concelho, onde a “Rainha”, Mónica Seidi e o seu séquito constituído por: Carlos Rosa, Vera Morais, Mónica Sousa, Sandra Ventura, Patrícia Santos, Bárbara Rodrigues e os pagens Filipa Pinto, André Andrade, Catarina Wu, Marta Silva e Joaquim Silveira foram recebidos pela Presidente da Edilidade. Este ano as Sanjoaninas tiveram como temática o Sol através das cores associadas ao nosso astro-rei pelos seus tons que estiveram patentes nos carros alegóricos e nos trajes dos figurantes. Falando nos carros alegóricos, cinco ao todo, inseridos no desfile de abertura, um foi dedicado à rotação da Terra, da noite e do dia e da translação à volta desta nossa estrela, o Sol. Os outros carros alegóricos representavam a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno transportando a rainha e o seu séquito real. Bastante felizes no trabalho e escolha desta temática de quadros do Solstício e o Zodíaco com apresentação ao vivo de pássaros e peixes tropicais. O carro da rainha das Sanjoaninas, Mónica Seidi, uma jovem terceirente a residir em Coimbra onde frequenta o último ano do curso de medicina, apresentava a imagem marcante do calor e da energia do Sol. Os carros eram acompanhados por dezenas de figurantes que executaram danças coreográficas alusivas à temática dedicada ao Sol.
Marchas na noite de São João
Todos os dias, durante este período das Sanjoaninas abriram as feiras regionais de artesanato no Pátio da Alfândega e na Marina, respectivamente, que eram um polo de atracção de muito povo que ali afluía para apreciar, e adquirir também, trabalhos e produtos da Região açoriana. Os espaços gastronómicos estiveram presentes nas barracas montadas no Alto das Covas, Cais da Alfândega, Largo Prior do Crato e Rua de São João e noutras tascas improvisadas por todo o lado para servir tantos apreciadores da gastronomia regional dos Açores, Alentejo e outras regiões e que fez a delícia ao mais refinado palato. No sector desportivo foi um correr de actividades tanto competitivas como de teor demonstrativo que, por restrição de espaço desta edição, vamos passar por alto mas sem que possamos esquecer dalgumas como o andebol, futebol, futsal, pesca de corrico, prova de mota de água, caça submarina, judo e ginástica, aeromodelismo, golfe, triatlo, ténis de mesa, ciclismo, natação, atletismo, tiro, corrida de burros, kickbox, homem mais forte, automobilismo, canoagem, damas e xadrez, vela, jogo de Capoeira, motociclismo, dança de salão, torneio infantil de bowling, arte tradicional de jogo do pau, caça e outras actividades como corridas de carros de ladeira na Canada Nova, basquetebol e voleibol de praia.
Tourada à corda para jovens na Prainha
A Festa Brava não podia estar ausente, (tal coisa nem sequer nos podia passar pela cabeça para quem conhece bem a raiz cultural das gentes terceirenses) e assim, tanto as corridas de praça como as de rua (as chamadas touradas à corda ou largada de gado) foram muito participadas e foi tal o êxito que, a Praça de Toiros da Ilha Terceira esteve sempre lotada pelos aficcionados da festa taurina e também pela data que se comemorava os 25 anos da Praça de Touros de S. João que substituiu a que foi destruída pelo terramoto que abalou e destruiu grande parte da cidade de Angra do Heroísmo no dia 1 de Janeiro de 1980 onde a velha praça não escapou a esta calamidade. As corridas de Praça contaram com a presença de nomes como os cavaleiros: Rui Lopes, Tiago Pamplona, Marcos T. Bastinhas, João Pamplona, Manuel Lupi, e Vitor Ribeiro. A pé, tivemos a presença de José Manuel Mas, Manuel Dias Gomes, Ruben Pinar, El Juli, e Pedrito de Portugal que, à última da hora, substituiu o matador El Fundi que foi colhido com certa gravidade poucos dias antes. A fechar, no Domingo, dia 28, com Chave-de-Ouro, realizou-se um grandioso concurso de Ganadarias. No que se refere aos forcados, todos eles fizeram um trabalho excelente, embora por vezes tivessem de repetir a pega devido à tenacidade e agressividade dos toiros apresentados. Dois grupos de forcados estiveram presentes, os Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e os Forcados Amadores do Ramo Grande da Praia da Vitória, este último formado há pouco mais de dois anos. Os toiros presentes foram das ganadarias Casa Agrícola José Albino Fernandes, Rego Botelho (Baldaya), Irmãos Toste e Herdeiros de Ezequiel Rodrigues.
Forcados numa das pegas
Estas corridas foram abrilhantadas ao som da música de diversas filarmónicas das quais destacamos a do Recreio Serretense, Sociedade Musical da Terra-Chã, Filarmónica da Associação cultural de Porto Judeu, Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio dos Artistas e Orquestra AngraJazz. As crianças não foram esquecidas nestas touradas de praça e assim foi organizada uma, nesta categoria com toureiros com vestimentas de palhaço, onde se viu, tanto a cavalo como a pé, já estrelas a despontar no horizonte da tauromaquia, com especial relevo para um forcado de palmo e meio que não recuou à investida de um bezerro “bem maduro” e que ficou a ver “estrelinhas” por mais de dez minutos estatelado no chão da arena. Houve também, para os mais pequeninos, uma bezerrada à corda na Prainha e espera de gado na Rua de São João e aí, mais uma vez, vimos as aptidões natas de tantos e tantos capinhas e forcados destemidos de palmo e meio que deitavam as mãos aos bezerros de poucas brincadeiras. E é desta “fibra” que se “moldam” grandes nomes que, num futuro mais ou menos próximo, darão continuidade à festa brava nesta terra amante de tudo que seja a lide de touros. Outras touradas foram levadas a efeito integradas nas Sanjoaninas, duas à corda, sendo uma na Avenida Infante D. Henrique e outra no Porto das Pipas, esta última com um “pretendente” a capinha a ser colhido com certa gravidade, e uma largada de gado no Alto das Covas e São Pedro, esta, com umas pequenas “marradinhas” habituais naqueles que sem experiência nestas lides de capinhas se aventuraram nos espaços abertos e sem “pernas” para fugir daqueles bovinos bravos com mais de 400 quilos e com cornos, e dos rijos. Com a graça do Criador tudo passou sem mal de maior resumindo-se apenas por uns sustos e uns quantos “arranhõezitos” e “pisadelas” nas costelas, costas, joelhos e nos... fundilhos, excepto para 6 turistas que foram “varridos” violentamente por um touro que se escapou para uma zona adjacente da reservada para a espera de gado e tida por segura e que acabou mal com uma visita ao Hospital local para receberem tratamento pelas mazelas tendo dois deles, ao que nos constou, terem fracturado vários ossos.
O Tradicional Pezinho da Ilha Terceira
Diariamente, pelas 21h30 horas iniciavam-se os desfiles pelas ruas da Sé, São João e Direita terminando na Praça Velha e, nestes dias, muitos foram os temas apresentados que aqui deixamos registados. Na Sexta-feira dia 19 o desfile de Abertura. No Sábado dia 20, o desfile de Motos (Terceiraçor Moto Clube). Na Segunda-feira dia 22 foi a vez do desfile de grupos folclóricos e fez-nos recordar os “velhos” tempos de meninice, tempos que há muito já lá vão e não voltam mais, e onde muitas dessas alfaias tradicionais, muitas artesanais ou de fabrico caseiro, há muito que desapareceram pois agora, no presente, os trabalhos na lavoura sofreram os efeitos da nova tecnologia sendo praticamente, na sua maioria, mecanizada. Uma era que desapareceu totalmente inclusive no que concerne no trajar onde as roupas dos morgados, do campo, domingueiro e dos trabalhos na lavoura, como na pastorícia, não é muito fácil ver-se, excepto nesta última, os pastores, só nas touradas à corda ou de praça são hoje vistas. Foram profissões que vimos desfilar sendo para nós história, como os vendedores ambulantes, os leiteiros, os padeiros, os amoladores, os pescadores e peixeiros que iam de porta em porta para já não incluirmos os cantoneiros, ferreiros, ceifeiros, carvoeiros e muitas outras mais. Os pregões também estiveram presentes nesta noite inesquecível. Na Terça-feira dia 23, devotado a São João, patrono de Angra do Heroísmo e, feriado municipal, culminou com o desfile das Marchas de São João/adultos, que terminaram já passando as 3 horas da madrugada, havendo de seguida sardinhada, broa e vinho de cheiro na Rua de São João, uma oferta da Comissão de Festas, onde se concentraram mais dum milhar de pessoas junto dos assadores, ou grelhadores e onde em diversas mesas serviam o vinho e pão gratuitamente a quem por ali aparecesse, e não foram poucos, sendo esta festa animada por uma excelente charanga de música e de animação de rua, a Farra Fanfarra. Foi o “fim do mundo” com aquelas largas centenas de foliões cantando, dançando e saltando as muitas fogueiras ali colocadas, até às cinco horas da madrugada, hora em que nos retirámos estando já dando sinais do novo dia. Ali, naquela artéria da cidade, até àquelas horas da manhã, se esbanjou energias e todos se divertiram em franco convívio;
A Marcha da Vila de São Sebastião
Na Quarta-feira dia 24 foi a vez das Marchas Infantis de São João com mais de 100 crianças do Jardim Infantil de São Gonçalo sob a temática “Girassóis a Florir” animada que foi pela Filarmónica de São Bartolomeu e o Colégio de Santa Clara, também com a participação de 100 crianças e com o tema “Tourada Tapete de Festa”, levando a Filarmónica de Santa Bárbara e com a actuação do Grupo de Violas de Santa Bárbara, no Jardim Público. Na Quinta-feira dia 25estava programado, para as 22.00 horas o desfile do Cortejo Infantil que, infelizmente, teve que ser adiado para as 14.00 horas de Domingo, devido ao mau tempo que se fez sentir durante todo o dia e pelas contínuas e fortes, bátegas de água (chuvadas). Embora o mau tempo fustigasse aquela ilha o certo é que o tradicional e tão apreciado “Pezinho”, foi avante tendo-se iniciado dentro, e não defronte como é habitual, das instalações da Comissão de Festas das Sanjoaninas, sito na Rua da Sé, após o que os seus executantes, os cantadores e músicos, atravessaram a rua para, no hall de entrada do prédio onde há 400 anos viveu Dona Violante do Canto, heroína da resistência contra Castela e onde hoje está sedeado o Sport Club Lusitânia, procederam a mais uma sessão de cantoria, após a qual todos se dirigiram para o edifício da Câmara Municipal onde os esperavam os autarcas liderados pela presidente, Andreia Cardoso. No final houve “comeretes e beberetes”.
Vista parcial da Rua da Sé na noite de São João
Este ano, como já foi acima mencionado, devido às chuvadas contínuas, não foi feito a cantoria defronte da estátua de São João, ali colocada apenas nestes dias festivos, na parede exterior dum prédio sito na esquina da Rua da Sé e da Rua de São João, nem inclusive houve sessão defronte das instalações do Sport Clube Angrense como é da praxe todos os anos. Entraram neste “Pezinho” seis conhecidos cantadores locais: o António Mota, o José Eliseu, o João Leonel (Retornado), o José Fernandes, o Macedo Dias e o João Ângelo. Na Sexta Feira, dia 26 foi a vez do concurso do “Homem mais forte” onde se fizeram prodígios de força que só comparáveis à figura lendária do Hércules. No Sábado dia 27, teve lugar o desfile de Clássicos, ou de “Calhambeques” e “Antiguidades” lá da Ilha e a encerrar estas festividades das Sanjoaninas de 2009, no Domingo, dia 28, antes do tão esperado desfile de filarmónicas que totalizou 22, teve lugar pela duas horas da tarde o inicio do Cortejo Infantil que tinha sido adiado devido à chuva que desabou na Quinta-feira anterior. E foi uma autêntica coqueluche este cortejo formado por 4 carros alegóricos sob a temática da escola e da aprendizagem incorporados com mais de 16 “heróis” da canal televisivo “Panda” com quem as centenas e centenas de crianças queriam abraçar e os pais e avós lá iam tirando as fotos dos seus pequenos. No último dos carros seguia a simpática Rainha das Sanjoaninas 2009, a Mónica Seidi, que distribuía guloseimas àquela avalanche de gente de palmo e meio. À noite foi, como já atrás referimos, o desfile de Filarmónicas, uma velha tradição das gentes açorianas. Ao soar da meia-noite foi o encerramento oficial das Sanjoaninas 2009 com uma sessão de 15 minutos deslumbrante de fogo de artifício sobre a baía de Angra do Heroísmo. Festa é festa e nisto ninguém bate o povo terceirense, um povo alegre e hospitaleiro que tem a sua maneira própria de estar no mundo e nesta Ilha Terceira de Jesus Cristo.
Todos estes desfiles, ao longo dos 10 dias de festividades, atraíram tanto povo que este se comprimia ao longo do trajecto particularmente no desfile das Filarmónicas, no Desfile de Abertura e nas Marchas de São João (Adultos) esta última tendo terminado pelas 3 horas da manhã, já madrugada dentro como já atrás afirmámos. E o povo nunca arredou pé.
Marchas de São João/Adultos:
Marcha Oficial de Sanjoaninas, “A Festa do Sol”, composta por 60 elementos e, confessamos, de excelente coreografia que agradou plenamente a quem assistiu à sua exibição. É de notar que esta Marcha já tinha sido exibida no passado dia 12 de Junho em Lisboa pelas festas das Marchas Populares de Lisboa, na Avenida da Liberdade e que contou com a presença do presidente da Região Autónoma dos Açores, Carlos César e esposa. A letra foi da autoria de Francisco Gomes e a música de Antero Ávila. Marcha Oficial da Praia da Vitória de 2008, “Praia Maravilha em Festa”, com 72 participantes que incluía o vereador Codorniz, autor da letra e responsável pelo pelouro de cultura daquela autarquia. A música foi da autoria de José Avelino Borges. Grupo de Amigos de Santa Luzia, “Santa Luzia com um Sorriso de Alegria”, com 120 elementos e com letra de Manuel Dias e música de Tibério Vargas. Modelo de Angra de Angra do Heroísmo, “Marcha dos Funcionários do Modelo de Angra do “Heroísmo”, com 62 participantes com letra de Ildebrando Rocha e música de Sérgio Melo. EB2 de Angra do Heroísmo, “Angra na Festa do Sol”, com 70 elementos. Letra de Maria Belém Silveira e música do Departamento de Educação Musical. Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, “Sereno Muitas Cores” com 74 elementos. Letra de Paulo Oliveira e música de José Caetano. Wellness Center do Hotel Caracol, “O Sol do meu Bem Estar”, com 50 participantes. Letra de Luís Fagundes Duarte e música de Carlos Alberto Moniz. Marcha da Rua de São João, “Astro Rei”, com 80 elementos. Letra de Filomena Valadão e música de Tibério Vargas. Marcha dos Veteranos, “Senhor José da Lata”, com 64 elementos. Letra de Álamo de Oliveira e música de Carlos Alberto Moniz. Junta de Freguesia de São Bento, “Sol e Toiros” com 80 participantes. Letra e música de José João Silva. Junta de Freguesia da Ribeirinha, “O Encanto do Sol”, com 100 participantes. Letra de Carla Fortuna e música de António Belmiro Mendonça. Casa de Saúde de S. Rafael”, “Dança do Sol”, com 62 participantes. Letra e música de António Mendes. Sindicato dos Bancários Sul e Ilhas, Secção Regional de Angra do Heroísmo, Núcleo da Juventude”, “O Brilho do Bancário”, com 40 participantes. Letra de Álamo de Oliveira e música de Carlos Alberto Moniz. Marcha da Vila Nova, “Vila Nova em Festa”, com 64 participantes. Letra e música de Carla Borges. Casa do Povo das Doze Ribeiras, “Doze Ribeiras Traz o Fado a São João”, com 92 participantes. Letra de Filomena Rocha e música de Manuel da Cunha Mendes. Serviços Municipalizados, “São João Irradia a Festa”, com 54 participantes. Letra de Diana Coelho e música de Durval Festa. Super Mercado Guarita, “São João no Coração”, com 84 participantes. Letra de Márcio Silva e música de António Mendes. Tertúlia Tauromáquica Terceirense, “Angra Cidade Taurina”, com 64 participantes. Letra de Helga Barcelos e Miguel Pontes e Música de Helga Barcelos, Miguel Pontes e Sérgio Melo. Junta de freguesia de São Mateus, “Marcha da Amizade/O Mar é Nosso”, com 60 participantes. Letra de José Nogueira e música de Durval Festa. JSD, “Sol da Vida” com 50 participantes. Letra e música de António Mendes. Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo, “São João em Festa”, com 60 participantes. Letra de Diana Coelho e música de Durval Festa. Comissão Festas 2008 Cabo da Praia, “A Música”, com 50 participantes. Letra de Eduardo Ávila e música de José Avelino Simões Borges. Casa de Saúde do Espírito Santo, “Luar Hospitaleiro”, com 80 participantes. Letra de Eduardo Azevedo e música de João Dutra. Filarmónica União Sebastianense, “Olé Burra Branca”, com 80 participantes. Letra e música de António Mota. Cinco Ribeiras, “Sol de São João”, com 68 elementos. Letra de Jacinta Vieira e música de António Mendes. Associação Grupo Jovens Arcanjos, “Flores para São João”, com 68 participantes. Letra de Jorge Rocha e música de Durval Festa. Cruz Vermelha Portuguesa, “Um Abraço de Sol”, com 38 participantes. Letra de José Fernandes Andrade e música de Tibério Vargas. Grupo de Amigos, “Vem Cantar ao São João”, com 74 participantes. Letra de Fernando Sousa e música de Ana Teresa Oliveira. Casa do Povo de Porto Judeu, ”Festa Brava”, com 80 elementos. Letra e música de João Dutra. Havana Club, “São João Bota Essa Máquina a Trabalhar” com 90 elementos. Letra de Márcio Silva e música de Daniel Vieira. Comissão de Amigos, “A Desfolhada” com 70 participantes. Letra de Ana Bretão e música de Joaquim Caetano.
As 22 Filarmónicas que, como atrás já referimos, encerraram as festividades destes desfiles, foram um pólo de atracção nestas festas com muito povo pois, como é sabido, a existência e manutenção das sociedades filarmónicas na Ilha Terceira, que dão apoio às festividades, aos bailhinhos carnavalescos, à festa brava, aos arraiais e às Festas em Louvor ao Divino Espírito Santo, têm raízes seculares, bem como os seus 76 Impérios do Divino espalhados por todas as freguesias e que estão profundamente implantados no seio cultural e religioso desta gente terceirense, havendo inclusive freguesias que possuem mais do que uma filarmónica ou Império. O povo permanentemente lotava o trajecto dos desfiles e as áreas junto aos diversos palcos montados onde actuavam os Ranchos, Bandas Filarmónicas, Danças Carnavalescas, Tunas Académicas, fanfarras e outros. A exibição dos Grupos Folclóricos foi sinceramente a que mais gostámos. Foi uma parada espectacular bem difícil de se esquecer.
O Bodo de Leite também marcou presença após ter sido “esquecido” no ano transacto. Começou no Bairro de São Pedro indo para o Alto das Covas e descendo a Rua da Sé, terminou no Jardim Público onde após uma breve bênção da massa sovada e do leite pelos sacerdotes que acompanhavam este cortejo foi de seguida distribuído por quantos se encontravam no local ultrapassando as 300 ou 400 pessoas. Este cortejo levava o andor do Santo Antão, conhecido pelo santo eremita e que viveu no século III patrono da Ordem dos Antoninos e sendo também o padroeiro das doenças contagiosas e o santo das curas milagrosas.
Coreografia na noite de Abertura
Os bailhinhos de Carnaval tiveram também o seu tempo no Jardim Público, onde actuaram no coreto ali permanentemente instalado há longos anos. Neste extenso calendário festivo muito haveria para escrever sobre todas as actividades mas não queremos terminar sem mencionar os diversos espectáculos ao vivo realizados nos palcos do Pátio da Alfândega, Bailão, Jardim Público, Praça Velha e Alto das Covas com as actuações de Bandas Filarmónicas, Angélico, Susana Félix, Jim Dungo, Flávio Cristóvam, da Tuna académica, a Extudantina, dos Grupos Folclóricos, Bandas Filarmónicas, Vanguarda, Duo Nocturno, José Ficher, Os 7 da Vida Airada, João da Ilha, Os Animadores, Noites de Cabo Verde, Mariária, Perfume, Bruno e Nox, RIP, João Félix, Marco Rosa, Anéis de Marfim, Goma, Tuna Académica TUSA, noite de fados com a Família Barcelos, Amnezia, Orquestra Ligeira dos Biscoitos,, Carlinhos Brown, Pop Time Band, Buraka Som Sistema, Grupo de Violas de Santa Bárbara, AngraJazz, Peste e Sida, Tinotas, Charamba, Homem Mau e José Cid, entre muitos e terminando sempre com muita música DJ que atraía autênticas multidões àqueles locais para se divertirem, abanarem e dançarem, obviamente. Aqui deixamos a letra da Marcha Oficial das Sanjoaninas/2009, com música de João Dutra (Carocho) e letra de Francisco Gomes (Xico Batata)
I
Angra, cidade d’artistas
Que tocam o coração
Poetas que dão nas vistas
Na noite de São João
Cidade de Gente que canta
Violas que trinam saudade
Retalhos que fazem a manta
Nos palcos desta cidade II
Quando há um olho de Sol
Sai foguete e há tourada
Capinha abre o guarda-sol
A festa está montada
Cidade de casas caiadas
Reflectem a vida de um povo
Tuas varandas enfeitadas
Já nasceu o Sol de novo III
Dos reversos de um sismo
A um abalo e paixão
Angra, és do Heroísmo
És o meu Sol de Verão
Minha cidade que és de prata
És feita de gente modesta
Cidade que aqui se retrata
Neste povo sempre em festa
Refreão:
Angra de mil cores
Viv’ó São João
Onde os teus amores
Trazem um balão
Em teu arraial
O povo assim diz
Que em Portugal
És a mais feliz
Numa análise de rescaldo sobre as festas Sanjoaninas/2009, somos de opinião, pelo que observámos, ter melhorado substancialmente se a compararmos com a do ano transacto e por isso queremos deixar aqui registado os nossos agradecimentos à Comissão de Festas, a todos eles, sem excepções, incluindo o seu presidente, Miguel Costa e a sua vasta equipa, pela ajuda que nos prestaram ao longo daqueles dez dias de festas. Gostaríamos de estender estes agradecimentos a José Couto, que, à frente do pelouro de tauromaquia, facilitou o nosso trabalho nos nossos contactos directos e na Praça de São João. Foram fantásticos. Bom trabalho.
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Sanjoaninas 2009
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